Federação gaúcha se posiciona sobre a Operação Desarme e fraudes em registros de armas

A Federação Gaúcha de Tiro Prático (FGTP), com sede em Porto Alegre, emitiu, nesta quarta-feira (18), uma nota de repúdio referente à reportagem do Diário de Santa Maria que trata da Operação Desarme, que teve a primeira etapa realizada na terça (17). A ação foi coordenada pelo Ministério Público Militar da União (MPM), em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS), com o apoio da Brigada Militar. A ação cumpriu mandados judiciais de busca e apreensão em mais de 30 municípios gaúchos, incluindo Santa Maria, Rosário do Sul, Jaguari e Júlio de Castilhos.


Confira, a seguir, a nota emitida pela entidade, assinada por Diogo Santos, que representa os atiradores esportivos do Rio Grande do Sul:

"A Federação Gaúcha de Tiro Prático (FGTP) manifesta sua indignação com a abordagem tendenciosa da
matéria publicada pelo Diário de Santa Maria, que generaliza o envolvimento de atiradores esportivos em
supostas irregularidades apuradas na Operação Desarme.
Ao negligenciar as nuances do caso e atacar genericamente uma classe de atletas comprometidos, a
reportagem distorce os fatos e compromete a percepção pública sobre um esporte que é motivo de
orgulho nacional.
Para ilustrar a falta de responsabilidade editorial, imagine-se uma situação em que uma agência do
DETRAN facilita irregularmente a obtenção de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) para pessoas
sem condições psicológicas ou técnicas de conduzir veículos. Caso um motorista habilitado por essa
agência cometa um grave acidente, a manchete seria algo como "Motoristas facilitam assassinatos"? Ou
a investigação e a responsabilização recairiam, como é lógico, sobre a agência do DETRAN que
concedeu irregularmente essas habilitações?
Uma reportagem tendenciosa, como a apresentada, promove generalizações injustas ao extrapolar casos
isolados como se fossem representativos de toda uma classe. Ao invés de focar na falha específica dos
responsáveis pela concessão de registros irregulares, como o órgão competente que liberou os CRs, a
matéria opta por atacar indistintamente colecionadores, atiradores e caçadores (CACs), lançando sombra
sobre esportistas sérios e comprometidos com a legalidade.
O tiro esportivo é um dos esportes mais regulamentados no Brasil, praticado exclusivamente por pessoas
com ficha limpa, submetidas a avaliação psicológica e com rigoroso controle de antecedentes. É uma
modalidade que demanda disciplina, foco e integridade, valores que têm levado o Brasil a se destacar no
cenário internacional. A primeira medalha olímpica do Brasil, conquistada em 1920 por Guilherme
Paraense, veio do tiro esportivo. Mais recentemente, jovens talentos brasileiros, como um atirador de
Novo Hamburgo campeão mundial e uma jovem de Porto Alegre vice-campeã mundial, reafirmaram o
compromisso e a qualidade dos nossos atletas.
Além dos feitos esportivos, o tiro prático desempenha um papel social relevante. Durante as enchentes
que devastaram o Rio Grande do Sul em maio, clubes e atletas associados à FGTP doaram mais de R$
500 mil em alimentos, cobertores e colchões, em um gesto de solidariedade exemplar com as
comunidades atingidas.
Generalizações irresponsáveis, como as presentes na matéria, prejudicam não apenas a imagem do
esporte, mas também sua credibilidade e impacto positivo. Insinuar que "colecionadores estão ligados a
facções criminosas" é tão absurdo quanto culpar todos os motoristas por um acidente causado por um
habilitado irregular. O foco da fiscalização e das investigações deveria ser direcionado aos responsáveis
pela concessão dos registros irregulares, e não a um ataque indiscriminado à comunidade esportiva.
Reiteramos a necessidade de que o jornal reavalie sua postura editorial e publique uma matéria que
reconheça a importância e seriedade do tiro esportivo, valorizando um esporte que não apenas leva o
nome do Brasil ao pódio, mas também promove valores éticos, sociais e de excelência."


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